sábado, fevereiro 19, 2005

Avisa lá *

Não vou me juntar ao Oludum.
Nada contra, eu até que queria. Simplesmente o assunto não é esse.
Co-incidências a parte, chega o Carnaval e com ele, felizmente, alguns diazinhos, bem poucos, de completa contemplação. Finalmente uma pausa semibreve antes de tudo começar de novo muito mais novo este ano. Não é depois do Carnaval que tudo recomeça? Pois então: aqui estou eu a espera - um novo emprego, de volta aos estudos e a Ioga (ou iôga, como preferir), enfim, tantas coisas para preencher meu tempo. Para me trazer de volta velhos sonhos. Eu vi, no sábado que passou, as crianças da Herdeiros da Vila passarem aqui pertinho. Estava voltando para casa, no meio da rua interditada e tive que parar para ver. Foi lindo, encheu meus olhos de lágrimas... E então? Então que meu coração parece que entrou no ritmo. Nesse ritmo de Carnaval, já sabendo que deve se esbaldar e depois descansar, porque o ano promete. E - oxalá! - cumpre!

* Texto escrito antes do Carnaval

Tempo

Andava a passos lentos. Queria entender algo que o ultrapassava. Os últimos acontecimentos não tinham nada de singular mas precisava disso. Precisava desse
tempo de autofagia. Precisava olhar para dentro de si mesmo e rearrumar a bagunça, costurar os elos. Refazer os planos. Tinha essa vagarosidade em si e não se sentia compreendido. Prefiria, muitas vezes, ficar em casa nos finais de semana. Repassando a vida a limpo. Como se isso fosse possível. Gostava de estar só, se sentia só.
Tinha alguma coisa dentro de si que se machucava na multidão.