sexta-feira, dezembro 30, 2005

Belo Horizonte é logo ali...

2005 foi um ano de aprender que nem tudo são planos. De aprender que, às vezes, temos que ser loucos e fazer as coisas em cima da hora, sem o menor planejamento. E que essa loucura pode dar certo demais.
Foi também um ano para concretizar novas amizades. Conheci pessoas incríveis e estreitei os laços com outras.
Foi um ano de mudar também. Um ano de coragem para largar uma mesmice estável e correr atrás dos velhos sonhos. Sim, eu ainda sonho. E sim: alguns sonhos ainda são os mesmos.
E o que esperar para 2006? Eu ainda não sei. Espero que ele seja tão surpreendente quanto 2005, porque eu quero os meus dias mais assim: apenas um azul colorindo a vida e uma alegria simples de viver.

***

Hoje à noite pego um ônibus para amanhacer em BH, vendo o sol nascer na estrada. Tudo isso para passar a festa de fim de ano lá com um amiguinho querido e o maridão. E voltar voando no domingo, pro Rio para ver como foi que o ano chegou por aqui.
Belzonte, aí vamos nós!

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Balanço (Multimídia) de Final de Ano

Resolvi listar nesse final de ano, não exatamente tudo que me aconteceu - ou as coisas mais relevantes - e sim, os livros que li, os filmes que assisti, as músicas que ouvi... Enfim, estas e outras coisas que através das mídias me marcaram...

Livros:
O Evangelho Segundo Jesus Cristo (José Saramago)
Triângulo das Águas (Caio Fernando Abreu)
Corpo Presente (João Paulo Cuenca)
A Casa dos Espíritos (Isabel Allende)
A Filha da Fortuna (Isabel Allende)
Retrato em Sépia (Isabel Allende)
As Intermitências da Morte (José Saramago)

Filmes:
Mar Adentro
Minha Vida sem Mim
A Viagem de Chihiro
Inimigo Meu
O Castelo Animado
O Coronel e o Lobisomem
Dia de Cão
Adeus Lenin

Músicas:
Ponta de Areia (Milton Nascimento)
A Flor (Los Hermanos)
Santa Chuva (Los Hermanos)

terça-feira, dezembro 13, 2005

Uma Tarde de Sábado

Cecília espeta seus olhos em mim enquanto fala entusiasmada. Algo nela me faz lembrar de mim há tempos atrás. Não sua beleza de quase menina mas a certeza e a emoção de suas palavras. Marcelo se cala por trás da fumaça adocicada do narguile. Sinto muito sono e peço que me faça um café. Ele me traz uma caneca bem quente e sorvemos o café entre risos felizes. Está sol lá fora mas não faz calor. Recebo seu café como quem aceita companhia durante uma caminhada. Porque tenho me sentido só esses dias lutando contra as jornadas solitárias pelas areias de uma praia branca em meus sonhos.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Bene Venuta

Vejo um avião no reflexo das janelas do edifício
e sei que tu vens chegando
depois do que foi uma longa ausência para mim.
E trago-te nas mãos
meu coração.
Deixa tuas malas no aeroporto
e retoma tudo aquilo que deixaste:
aquela carta por fazer,
alguns móveis empoeirados
e todos estes que aqui estão à tua espera.

Saudade

Saudade é aquilo que a gente tem quando não tem. Alguém ou algo...
Ou algum tempo.
Saudade é aquilo que se teve e já não se tem, ou um desejo de ter o que nunca foi.
A saudade é ausência.
Mas também é presença daquilo que se quer.
Saudade é aquela folha seca que cai e a gente observa.
É aquela criança que corre e a gente esquece que já não somos.
É tudo aquilo de feliz - e até de triste - que já se perdeu.
É uma senhora severa à espera. De testa franzida e olhar penetrante.
É a sombra que nos mira sem se revelar.
A saudade é a imagem, mais real do que fora a própria realidade - num tempo que já se perdeu.
É a lembrança, nítida e forte, de tudo aquilo que foi, ou se imaginou que foi.
É o lugar que era grande e já não é mais, como se vendo-o de novo, reduzido ao seu quinhão de realidade, já quase não fosse.
Aquela lágrima que nem soube.
E nem se sabe.
Porquê chorou...

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Naquilo em que não estás - te encontrarei?

Eu te procuro exatamente naquilo em que não estás.
E te encontro num gesto breve, numa pequena palavra.
Porque tens contigo este brilho no olhar
e esse jeito de olhar
que me vê
de onde eu estiver.
E o que estiver em mim.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Para um Amigo (Oculto?)

Queria saber te dizer algo
como você sabe me dizer...
Mas você, às vezes, é um enigma
um segredo tão bem guardado
que eu não posso entender...
Posso apenas aceitar...