segunda-feira, maio 28, 2007
sexta-feira, maio 18, 2007
Um Pouco de Mim
"Minha filha, chegou a hora de você ser a sua melhor amiga..."
Uma amiga me explica que está chegando aos 30 e precisa logo arrumar um marido pois quer ter filhos. Explica-me calmamente que não precisa ser um ótimo marido contanto que seja um bom pai (eu me pergunto se é possível um homem se preocupar em ser um bom pai e não em ser um bom marido). Afinal, casamento pode não ser para sempre, ela me diz.
Eu sei. Passo por um grande ruptura (apenas uma?!) agora mesmo. Estou me separando e sei o quanto isso é doloroso. E no meu caso tenho certeza de que está sendo mais fácil do que o normal. Somos amigos, companheiros mesmo... e eu imagino que dificilmente deixaremos de ser.
Lembro-me de que nunca quis casar na igreja - coisa que realmente não fiz - ou com qualquer outro tipo de solenidade.
Primeiro porque casamento é essencialmente um compromisso entre duas pessoas apenas - embora todo mundo tente opinar mais cedo ou mais tarde. Segundo porque eu acho que nunca fui ingênua ou inocente o suficiente para não achar desnecessário esse tipo de coisa (respeito quem pensa diferente).
No meio desse turbilhão de acontecimentos, tive que enfrentar também uma mudança de emprego. Desafios mais altos... E eu estava só porque o homem com quem eu dividi toda a minha vida adulta partia para uma (longa para mim) viagem.
Descubro entre uma tentativa e outra de não passar todos os momentos sozinha, que alguns amigos "considerados em comum" - eu não acredito muito nisso - são apenas amigos dele mesmo... Fogem de quaisquer convites. Aprendo rápido, desisto logo.
Certos aprendizados são dolorosos. Mas muito válidos.
Estou só e mesmo os "meus" amigos parecem ter combinado um período para não terem tempo. Alguns sequer chegam a saber do que se passa, tamanho o meu azar, estão tão sem tempo que respondem logo "vamos demorar a marcar algo por isso e aquilo"... Não podem ler as lágrimas que trago na minha voz.
Por força de alguns acontecimentos - eu diria, no mínimo, inusitados - me distancio de um amigo muito caro para mim... Esse é o momento em que tenho que caminhar só, penso.
Mas... nem tudo são tristezas.
Finalmente estou trabalhando de novo com uns amigos queridos.
O trabalho tem sido motivador...
Além disso, descubro uma força em mim que eu desconhecia. Algo novo que preciso explorar e desenvolver.
Alguns amigos se preocupam na medida do que podem. Nenhum, porém, tem sido realmente presente nestes momentos. Não importa. Aprendo a baixar expectativas com relação a muitas coisas. Além disso, tem sido importante contar apenas comigo mesma.
Em algum ponto de nossas vidas (ou em vários) a gente é capaz de sentir algo que na maior parte do tempo apenas adivinhamos: caminhamos sozinhos. Somos, essencialmente, solitários. E eu retomo o gosto que tinha na adolescência por meus momentos de puro isolamento.
Há alguém que ao voltar pode já não me reconhecer...
Essa frase aí em cima foi generosamente compartilhada comigo por alguém que passou por algo semelhante. E que teve a felicidade de contar com uma mãe sábia o suficiente para dizê-la assim tão simplesmente.
sexta-feira, maio 11, 2007
Plural
Todos os nomes me cabem -
os raros
e os cotidianos.
Todas as dores são minhas.
Mas também
todas as alegrias...
os raros
e os cotidianos.
Todas as dores são minhas.
Mas também
todas as alegrias...
quinta-feira, maio 10, 2007
quarta-feira, maio 09, 2007
quinta-feira, maio 03, 2007
Descaminhos
Eu ando por aqui
como quem pertence.
Me empresta um charme qualquer
ver a praia todos os dias.
Não importa o calor que
faz no Rio:
por aqui sempre corre uma brisa
de agasalhar as alegrias
e esconder a tristeza nos olhos.
O sol que se derrama sobre o pão de açúcar
o bondinho despreocupado carregando os turistas...
tudo é tranquilo de se olhar.
O Cristo lá de cima olhando
quando eu chego.
Desço do ônibus e levanto a cabeça
procurando.
Mando um abraço no pensamento.
O dia começa outra vez.
como quem pertence.
Me empresta um charme qualquer
ver a praia todos os dias.
Não importa o calor que
faz no Rio:
por aqui sempre corre uma brisa
de agasalhar as alegrias
e esconder a tristeza nos olhos.
O sol que se derrama sobre o pão de açúcar
o bondinho despreocupado carregando os turistas...
tudo é tranquilo de se olhar.
O Cristo lá de cima olhando
quando eu chego.
Desço do ônibus e levanto a cabeça
procurando.
Mando um abraço no pensamento.
O dia começa outra vez.
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