Queria pedir que alguém a tirasse dali. Pedia em pensamento e nada dizia.
Estava cansada dos possíveis reclames - você já não é mais uma menina.
Mal sabiam, pensava. Mal sabiam que aquela mulher não tinha passado.
Começou a existir assim, sem direito a infância, choro de menina.
Corria pela casa a cuidar dos outros. E quem a cuidaria?
De noite, estende-se sobre a depressão solitária do colchão e chora baixinho com o rosto escondido sob o travesseiro.
Quem pudesse ver saberia que são lágrimas de menina.