domingo, dezembro 30, 2012

Tem um silêncio aqui
que ninguém vai ouvir.
Mas,
por dentro,
tudo
é turbilhão.

domingo, setembro 30, 2012

quando me der a mão
que seja pra segurar com força.
quando aceitar dividir
que não seja só o que é bom:
eu prefiro compartilhar
a minha miséria humana de cada dia
o meu desassossego
o quê de ruim em mim.
eu quero mais é que sabendo dos meus podres todos
você ainda se aventure
e se perca.

quinta-feira, maio 24, 2012

forte


eu sempre banquei de forte
e fui quebrando 
por dentro
que nem porcelana antiga.
eu sempre banquei de forte
mas agora
eu tô rateando.
eu sempre banquei de forte:
eu não paro
eu tô na pista.
eu sempre banquei de forte
mas alguma coisa 
por dentro 
quebrou.

eu tô rateando -
mas eu vou.

quinta-feira, maio 10, 2012

amsterdam

o dia cinza chove
preguiçosamente.
a cidade é um coletivo de solidões.
a babilônia de todos que se perderam de si.

dos cafés marrons à fumaça dos cachimbos
a atmosfera pesada dos invernos dolorosos.
que afasta você
de mim.