domingo, março 27, 2005

Para o Meu Maridão

YOU MAKE ME FEEL BRAND NEW - Simply Red

My love
I'll never find the words, my love
To tell you how I feel, my love
Mere words could not explain
Precious love
You held my life within your hands
Created everything I am
Taught me how to live again

Only you
Cared when I needed a friend
Believed in me through thick and thin
This song is for you
Filled with gratitude and love

God bless you
You make me feel brand new
For God blessed me with you
You make me feel brand new
I sing this song 'cause you
Make me feel brand new

My love
Whenever I was insecure
You built me up and made me sure
You gave my pride back to me
Precious friend
With you I'll always have a friend
You're someone who I can depend
To walk a path that never ends

Without you
My life has no meaning or rhyme
Like notes to a song out of time
How can I repay
You for having faith in me

Pequena Cena do Cotidiano

A estátua moveu-se lentamente, pegou uma rosa no buquê que segurava - uma rosa pequenina e prateada - e ofereceu a senhora que passava.
Esta, porém, não a aceitou e seguiu seu caminho ignorando que estátuas não se moviam e que as rosas não podiam ser prateadas.
Tivesse a estátua me oferecido aquela rosa, eu a teria aceitado.

terça-feira, março 08, 2005

O Carnaval

Tinha conhecido Marcos numa livraria. O destino quis que eles se encontrassem algumas vezes. Havia se interessado por ele imediatamente mas, não quis correr o risco de investir numa pessoa que tinha conhecido assim tão aleatoriamente. Como continuaram se encontrado, ele tomou a iniciativa e convidou-a para sair.
Ela estava cada vez mais feliz e naturalmente, envolvida. Tirou do armário vestidos há muito guardados e tornou a usá-los. Marcos fazia-lhe um bem enorme. Gostava de adimirá-la e dizia-lhe sempre que era linda. Embora ela não se sentisse bonita.
O carnaval se aproximava e Marcos informou-a que tinha uma viagem importante a fazer. Não deu muitos detalhes, apenas disse que era necessário. Ela entendeu o recado: Marcos estava saindo de sua vida tão aleatoriamente como havia entrado. Passaria mais um carnaval sozinha em casa vendo filmes antigos.
No último dia de carnaval, uma amiga a chamou para sair. Conhecia um bloco e queria que fossem juntas. Ela resolveu ir mas não encontrou a amiga com quem tinha combinado e sim uma outra que não via há tempos. Aquela surpresa a fez esquecer por uns momentos a tristeza em que se encontrava em pleno carnaval. Pulou e brincou como se ainda fosse uma criança. E pensou que havia perdido tempo demais esperando o homem certo, o momento certo. Enquanto outros momentos passavam pela sua vida sem que lhes desse a devida importância.
Chegou em casa cansada e resolveu tomar um banho. Adorava tomar banhos longos e bem quentes quando se sentia assim cansada ou triste. Pensou que tinha feito bem em sair, não podia deixar a vida passar porque Marcos havia sumido. Mas não queria pensar nisso, queria apenas pensar no futuro, fazer planos felizes. Embora estivesse sendo bastante difícil adimitir que estava correta: que romances eram impossíveis e que Marcos não existia.
Uma hora depois entrava no quarto para se trocar. Em cima da cabeceira havia um bilhete: Marcos ligou, disse que volta amanhã.
Baixou a cabeça e sorriu: o chão estava coberto de confetes.