III
Contemplava sentada a janela. Horizontes distantes nada diziam. A chuva fina evidenciava ainda mais o silêncio de Antonio. Por que este silêncio, ela se perguntava.
O silêncio de Antonio me desespera. Parece que toda a cidade está em silêncio.
Tomo meu café... A fumaça aquece meu rosto. Com o frio que tem feito em meu coração, me sinto quase feliz. São seis horas. Antonio se levanta. Outro alguém que o visse agora pensaria que Antonio é um homem sem mistérios. Mas, quando encaro o mar negro dos seus olhos, toda essa escuridão que traz dentro de si, penso que não o conheço.
quinta-feira, outubro 28, 2004
terça-feira, outubro 26, 2004
O que toca por aqui
Balada de Agosto - Fagner/Zeca Baleiro
Lá fora a chuva deságua e aqui no meu rosto
Cinzas de agosto e na mesa um vinho derramado
Tanto orgulho que não meço
O remorso das palavras
Que não digo
Mesmo na luz não há quem possa
Se esconder do escuro
Duro caminho o vento a voz da tempestade
No filme ou na novela
É o disfarce que revela o bandido
Meu coração vive cheio de amor e deserto
Perto de ti dança a minha alma desarmada
Nada peço ao sol que brilha
Se o mar é uma armadilha
Nos teus olhos
Lá fora a chuva deságua e aqui no meu rosto
Cinzas de agosto e na mesa um vinho derramado
Tanto orgulho que não meço
O remorso das palavras
Que não digo
Mesmo na luz não há quem possa
Se esconder do escuro
Duro caminho o vento a voz da tempestade
No filme ou na novela
É o disfarce que revela o bandido
Meu coração vive cheio de amor e deserto
Perto de ti dança a minha alma desarmada
Nada peço ao sol que brilha
Se o mar é uma armadilha
Nos teus olhos
quinta-feira, outubro 21, 2004
terça-feira, outubro 19, 2004
Presenças
II
Ela não entendia. Não sabia ler nos olhos de Antonio os seus sentimentos. Não conseguia compreender seus silêncios repentinos. A cabeça doía. Onde Francisco? Nenhum sinal, nenhuma carta. Tomou seu mundo nas mãos e foi embora. Chorava escondida. Antonio percebia e tentava ajudá-la. Mas, às vezes, ficar ao seu lado machucava ainda mais a sua dor.
Ela não entendia. Não sabia ler nos olhos de Antonio os seus sentimentos. Não conseguia compreender seus silêncios repentinos. A cabeça doía. Onde Francisco? Nenhum sinal, nenhuma carta. Tomou seu mundo nas mãos e foi embora. Chorava escondida. Antonio percebia e tentava ajudá-la. Mas, às vezes, ficar ao seu lado machucava ainda mais a sua dor.
Leve
Recebo notícias de amigas que há muito não vejo e que enfim hei de reencontrar. Recebo um email de Paulo com o título "saudade". Jogo conversa fora. Mando um beijo pelo telefone...
quarta-feira, outubro 06, 2004
Presenças
Francisco ela disse. Disse isso e se calou. Não abaixou a cabeça mas fechou o sorriso. Antonio repetiu: - Francisco... Pensava que ela não tinha ninguém. Não que ela tivesse Francisco. Francisco agora era apenas uma recordação - recente mas inviável. Ele mesmo decidira. Dizia que a amava mas a deixou. Ela não tinha Francisco mas seu coração estava preenchido. E Antonio sabia o quanto era difícil conseguir colocar alguém para fora de um coração. Olhou-a um pouco mais, demoradamente. Como que medindo um pouco mais aquilo que não poderia ter. Depois saiu.
segunda-feira, outubro 04, 2004
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