Às vezes, andar pela casa trazia-lhe um peso enorme. Sentia a presença daqueles fantasmas de existências desconhecidas.
Assim, passou os primeiros dias apenas no andar térreo, cuidando da limpeza daqueles cômodos empoeirados pelo tempo e pelo esquecimento.
A cortina da sala se desfez nas suas mãos e ele decidiu não retirá-la por enquanto. Lá fora os vizinhos curiosos disfarçavam olhares pela janela. Fingiu não perceber.
Preencheu seu tempo livre com alvejantes e vassouradas nos cantos do teto. Descobrindo insetos, aranhas e formigas. Tudo parecia ruir.
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