terça-feira, dezembro 13, 2005
Uma Tarde de Sábado
Cecília espeta seus olhos em mim enquanto fala entusiasmada. Algo nela me faz lembrar de mim há tempos atrás. Não sua beleza de quase menina mas a certeza e a emoção de suas palavras. Marcelo se cala por trás da fumaça adocicada do narguile. Sinto muito sono e peço que me faça um café. Ele me traz uma caneca bem quente e sorvemos o café entre risos felizes. Está sol lá fora mas não faz calor. Recebo seu café como quem aceita companhia durante uma caminhada. Porque tenho me sentido só esses dias lutando contra as jornadas solitárias pelas areias de uma praia branca em meus sonhos.
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