sábado, março 18, 2006

Luísa e Seus Olhos de Diamante

III

Levantou-se, percorreu os poucos metros do aposento reconhecendo aquele lugar. Súbito me envergonhei pela desordem habitual. Luísa já não era habitual. Já não reconhecia ali, em mim, nenhum traço de um passado seu, de uma vida que ela deixou para trás tantos anos antes.
Fiquei perplexa. Eu mesma já não podia reconhecer Luísa. Seu rosto duro e sombrio.
A única coisa que me parecia estranhamente familiar eram seus olhos de diamante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário