Estou só.
Aprendi a ter como companhia
apenas a luz do dia e a escuridão da noite.
Chamei. Pedi.
Ninguém veio.
Implorei. Desesperei.
E Deus não existiu.
Agora
que a seca estia
e posso, mesmo daqui,
ver algumas flores raras no jardim
é que vão chegando a mim algumas vozes.
Murmúrios.
Mantenho as portas fechadas.
Não responderei.
Apenas a quem me pedir auxílio
hei de socorrer:
por compaixão de mim mesmo.
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