sábado, julho 22, 2006

A Queda

Mariana caminha calmamente pelas ruas do centro. Desvia de pessoas que andam apressadas, preocupadas. Como se precisassem alcançar algo nos próximos minutos. Mariana não tem pressa. Tem o resto da tarde livre. Caminha como quem se reconhece.
Enxerga apenas aquilo que importa: os raios de sol nessa tarde de inverno, as vitrines, rostos bonitos perdidos pela cidade. Para onde caminha esse povo apressado? Desvia então das ruas principais. Toma um beco, caminha entre bares, transeuntes, ambulantes. Tudo caminha sem direção. Mariana quer ver a moda. Observa os manequins. Cachecóis, casacos, calças, colares. Pára de repente, ouve gritos desordenados pelas ruas, algumas pessoas correm e ouve-se um estampido forte no meio da rua. Não tem tempo de se dar conta.
Ainda sorri enquanto cai.

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