Ando pensando no contato físico entre os corpos.
Não os corpos celestes.
Os nossos.
Um afago, um agrado.
Um abraço apertado.
Um aperto de mão.
O que foi que perdemos
no meio da multidão?
Do sim restou um não.
Talvez.
Até um dia.
Que dia é esse que não vem?
Quando virá você com as mãos estendidas
pra me dizer: meu bem...
Eu sei.
Você veio, me pareceu distante
e eu me fiz de difícil.
Desisti de correr os riscos.
Fiquei arisca
não atendi telefonemas teus.
Eu sei.
Você bem que disse: não disse?
Mas não disse adeus.
Nem eu...
Mesmo assim pensei que seria um fim
para nós.
Não foi.
(Ou foi e nós que ainda vivemos esta história
não a damos por encerrada?)
Um dia te encontro de novo.
Te conto nos detalhes tudo que perdeste.
Um dia virás simplesmente sem aviso
e estarei alegre. E enfim
nos reencontraremos de nós.
Para não mais nos perdermos.
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