Acordo entre blocos de concreto
onde o sol não chega.
Todos os dias.
Ouço as mesmas vozes
as mesmas correntezas.
Os letreiros nos mostram pessoas que não somos.
Mas que gostaríamos de ser.
Nos vendem um sonho que não podemos pagar.
A prazo, no talão de cheques ou em 3 vezes no cartão.
Um sonho sujo
de rejeitar o que é nosso.
E o que é dos outros.
Caminho entre carros
pessoas que soltam a fumaça de seus pulmões na minha cara.
Me esbarram
me levam pro sentido contrário.
Nessa maré que nos move.
Para onde?
* Roubei o título do meu amigo Paulo... :)
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