"Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, dezembro 27, 2004
quarta-feira, dezembro 22, 2004
Relíquia
Entrou no quarto. As cortinas fechadas não permitiam a luz entrar. Parou uns segundos na porta esperando que os olhos se acostumassem com a penumbra. Pouco a pouco diante de seus olhos foram surgindo: o chão empoeirado, o armário de roupas tomadas pelas traças. O passado ali, assim, completamente exposto.
Restava alguma coisa das vidas que ali viveram.
Restava alguma coisa das vidas que ali viveram.
terça-feira, dezembro 21, 2004
Presenças
VI
Antonio entrou no ônibus.
Dissera apenas que faria uma viagem curta. Ela ficava a pensar que ele retornaria em poucos dias. Antonio não tinha quase nada e levava o pouco que tinha. Para alguém que fugia de seus próprios sentimentos ele sabia o quanto era danoso criar raízes.
Chovia ainda. A janela embaçava.
Debaixo da chuva, de repente, ela entendeu. Antonio não voltaria. As gotas escorriam pelo seu rosto e ela murmurou: fica.
Pouco depois, o ônibus partiu.
Antonio entrou no ônibus.
Dissera apenas que faria uma viagem curta. Ela ficava a pensar que ele retornaria em poucos dias. Antonio não tinha quase nada e levava o pouco que tinha. Para alguém que fugia de seus próprios sentimentos ele sabia o quanto era danoso criar raízes.
Chovia ainda. A janela embaçava.
Debaixo da chuva, de repente, ela entendeu. Antonio não voltaria. As gotas escorriam pelo seu rosto e ela murmurou: fica.
Pouco depois, o ônibus partiu.
sexta-feira, dezembro 17, 2004
Tempo tempo, mano velho
Apenas para dizer que o tempo tem andado a passos largos.
Ligo para uma amiga que está no aeroporto. Ela chora ao telefone se despedindo. Parte para rever brevemente a família e logo depois alcançar novos horizontes. Fico feliz por ela. Sei o quanto ela merece essas conquistas grandiosas demais... Mas sofro também antecipadamente com sua futura ausência. Meus olhos se enchem de lágrimas mas tento não deixar que ela perceba - como eu quero que tudo dê certo para essa menina.
Venho andando pela rua no fim da tarde nesse dia. As pessoas caminham com uma calma rara no centro da cidade. É quase fim de tarde e o sol quente neste dia quase fresco me faz me perder em pensamentos e saudades. Esbarro com um amigo que me abraça. Ficamos de combinar um almoço. Aliás, hoje mesmo almocei com outro amigo que não via há tempos. Ele me diz que eu faço falta e acolho suas palavras com especial carinho. Ele me é muito caro. O tempo tem sido sábio, tem me apresentado pessoas, tem até levado essas mesmas pessoas de mim. Tem me afastado de alguns. Mas tem também me reaproximado de velhos amigos, amigos de infância. E tem me feito redescobrir alguns. De uma forma ou de outra tudo tem se renovado.
Ligo para uma amiga que está no aeroporto. Ela chora ao telefone se despedindo. Parte para rever brevemente a família e logo depois alcançar novos horizontes. Fico feliz por ela. Sei o quanto ela merece essas conquistas grandiosas demais... Mas sofro também antecipadamente com sua futura ausência. Meus olhos se enchem de lágrimas mas tento não deixar que ela perceba - como eu quero que tudo dê certo para essa menina.
Venho andando pela rua no fim da tarde nesse dia. As pessoas caminham com uma calma rara no centro da cidade. É quase fim de tarde e o sol quente neste dia quase fresco me faz me perder em pensamentos e saudades. Esbarro com um amigo que me abraça. Ficamos de combinar um almoço. Aliás, hoje mesmo almocei com outro amigo que não via há tempos. Ele me diz que eu faço falta e acolho suas palavras com especial carinho. Ele me é muito caro. O tempo tem sido sábio, tem me apresentado pessoas, tem até levado essas mesmas pessoas de mim. Tem me afastado de alguns. Mas tem também me reaproximado de velhos amigos, amigos de infância. E tem me feito redescobrir alguns. De uma forma ou de outra tudo tem se renovado.
quarta-feira, novembro 24, 2004
Presenças
V
O quarto estava escuro. Antonio ainda hesitou em acender a lâmpada. Alguma coisa escurecia por dentro e lâmpadas nada resolveriam...
Arrumou as malas. Deveria avisá-la de que estava partindo? Voltaria algum dia? Fechou o zíper da última mala, colocou-a sobre a poltrona. Por fim, apagou a lâmpada e deitou-se. Mas não dormiu.
O quarto estava escuro. Antonio ainda hesitou em acender a lâmpada. Alguma coisa escurecia por dentro e lâmpadas nada resolveriam...
Arrumou as malas. Deveria avisá-la de que estava partindo? Voltaria algum dia? Fechou o zíper da última mala, colocou-a sobre a poltrona. Por fim, apagou a lâmpada e deitou-se. Mas não dormiu.
sexta-feira, novembro 19, 2004
Chove
Faz frio no Rio e não deveria. A chuva - fina e constante - nos recebe pela manhã ao acordar. As cores cinza da cidade nos saúdam. Tempo de pensar e de amadurecer. As pessoas caminham com calma - algumas trazem guarda-chuvas. Outras não têm medo de se molhar. Tão pouco.
quinta-feira, novembro 18, 2004
Calmaria
Os dias de chuva chegaram.
A chuva varre a cidade. A tarde desfolhada se apresenta.
O que precisamos, pensou, é de calmarias.
A chuva varre a cidade. A tarde desfolhada se apresenta.
O que precisamos, pensou, é de calmarias.
E, de repente, a curva
Imaginá-la distante parte meu coração.
Mas
nada que sabê-la tão feliz não cole.
Mas
nada que sabê-la tão feliz não cole.
terça-feira, novembro 09, 2004
Presenças
IV
A chuva fina embaçava a janela. O pequeno jardim lá fora era pura lama. No horizonte o dia escurecia. Hoje Antonio não veio, pensou. Fez o café mas pensou que era inútil: Antonio não estava.
Pequenas gotas escorriam na janela.
A chuva fina embaçava a janela. O pequeno jardim lá fora era pura lama. No horizonte o dia escurecia. Hoje Antonio não veio, pensou. Fez o café mas pensou que era inútil: Antonio não estava.
Pequenas gotas escorriam na janela.
Apenas por um momento
Deixe o vento levar as folhas que você segura.
Chegue atrasado em algum lugar
mas peça desculpas.
Acompanhe uma criança pela rua pulando os
quadradinhos.
Feche os olhos e deixe alguém te guiar.
Grite muito alto até ficar cansado.
Se algo te entristecer
chore.
Muito.
Até não saber mais o motivo.
Encontre um amigo com quem possa conversar.
Conte todos os seus maiores podres.
Ele vai entender...
Passe seu perfume preferido depois do banho da noite.
Ligue para alguém com quem não fala há muito tempo.
Neste Natal, tente enviar cartões.
De papel.
Faça desenhos e cole na sua geladeira.
Assita tv deitado no chão.
Qualquer coisa, de preferência inútil.
Faça uma surpresa.
Separe seus filmes preferidos e assista.
Saia para dançar.
Queime calorias.
Beba muita água.
Dê muitas risadas.
E tente,
mesmo que apenas por um breve momento
quase imperceptível,
imaginar que não há nenhum problema
e que tudo vai dar certo.
Chegue atrasado em algum lugar
mas peça desculpas.
Acompanhe uma criança pela rua pulando os
quadradinhos.
Feche os olhos e deixe alguém te guiar.
Grite muito alto até ficar cansado.
Se algo te entristecer
chore.
Muito.
Até não saber mais o motivo.
Encontre um amigo com quem possa conversar.
Conte todos os seus maiores podres.
Ele vai entender...
Passe seu perfume preferido depois do banho da noite.
Ligue para alguém com quem não fala há muito tempo.
Neste Natal, tente enviar cartões.
De papel.
Faça desenhos e cole na sua geladeira.
Assita tv deitado no chão.
Qualquer coisa, de preferência inútil.
Faça uma surpresa.
Separe seus filmes preferidos e assista.
Saia para dançar.
Queime calorias.
Beba muita água.
Dê muitas risadas.
E tente,
mesmo que apenas por um breve momento
quase imperceptível,
imaginar que não há nenhum problema
e que tudo vai dar certo.
quinta-feira, outubro 28, 2004
Presenças
III
Contemplava sentada a janela. Horizontes distantes nada diziam. A chuva fina evidenciava ainda mais o silêncio de Antonio. Por que este silêncio, ela se perguntava.
O silêncio de Antonio me desespera. Parece que toda a cidade está em silêncio.
Tomo meu café... A fumaça aquece meu rosto. Com o frio que tem feito em meu coração, me sinto quase feliz. São seis horas. Antonio se levanta. Outro alguém que o visse agora pensaria que Antonio é um homem sem mistérios. Mas, quando encaro o mar negro dos seus olhos, toda essa escuridão que traz dentro de si, penso que não o conheço.
Contemplava sentada a janela. Horizontes distantes nada diziam. A chuva fina evidenciava ainda mais o silêncio de Antonio. Por que este silêncio, ela se perguntava.
O silêncio de Antonio me desespera. Parece que toda a cidade está em silêncio.
Tomo meu café... A fumaça aquece meu rosto. Com o frio que tem feito em meu coração, me sinto quase feliz. São seis horas. Antonio se levanta. Outro alguém que o visse agora pensaria que Antonio é um homem sem mistérios. Mas, quando encaro o mar negro dos seus olhos, toda essa escuridão que traz dentro de si, penso que não o conheço.
terça-feira, outubro 26, 2004
O que toca por aqui
Balada de Agosto - Fagner/Zeca Baleiro
Lá fora a chuva deságua e aqui no meu rosto
Cinzas de agosto e na mesa um vinho derramado
Tanto orgulho que não meço
O remorso das palavras
Que não digo
Mesmo na luz não há quem possa
Se esconder do escuro
Duro caminho o vento a voz da tempestade
No filme ou na novela
É o disfarce que revela o bandido
Meu coração vive cheio de amor e deserto
Perto de ti dança a minha alma desarmada
Nada peço ao sol que brilha
Se o mar é uma armadilha
Nos teus olhos
Lá fora a chuva deságua e aqui no meu rosto
Cinzas de agosto e na mesa um vinho derramado
Tanto orgulho que não meço
O remorso das palavras
Que não digo
Mesmo na luz não há quem possa
Se esconder do escuro
Duro caminho o vento a voz da tempestade
No filme ou na novela
É o disfarce que revela o bandido
Meu coração vive cheio de amor e deserto
Perto de ti dança a minha alma desarmada
Nada peço ao sol que brilha
Se o mar é uma armadilha
Nos teus olhos
quinta-feira, outubro 21, 2004
terça-feira, outubro 19, 2004
Presenças
II
Ela não entendia. Não sabia ler nos olhos de Antonio os seus sentimentos. Não conseguia compreender seus silêncios repentinos. A cabeça doía. Onde Francisco? Nenhum sinal, nenhuma carta. Tomou seu mundo nas mãos e foi embora. Chorava escondida. Antonio percebia e tentava ajudá-la. Mas, às vezes, ficar ao seu lado machucava ainda mais a sua dor.
Ela não entendia. Não sabia ler nos olhos de Antonio os seus sentimentos. Não conseguia compreender seus silêncios repentinos. A cabeça doía. Onde Francisco? Nenhum sinal, nenhuma carta. Tomou seu mundo nas mãos e foi embora. Chorava escondida. Antonio percebia e tentava ajudá-la. Mas, às vezes, ficar ao seu lado machucava ainda mais a sua dor.
Leve
Recebo notícias de amigas que há muito não vejo e que enfim hei de reencontrar. Recebo um email de Paulo com o título "saudade". Jogo conversa fora. Mando um beijo pelo telefone...
quarta-feira, outubro 06, 2004
Presenças
Francisco ela disse. Disse isso e se calou. Não abaixou a cabeça mas fechou o sorriso. Antonio repetiu: - Francisco... Pensava que ela não tinha ninguém. Não que ela tivesse Francisco. Francisco agora era apenas uma recordação - recente mas inviável. Ele mesmo decidira. Dizia que a amava mas a deixou. Ela não tinha Francisco mas seu coração estava preenchido. E Antonio sabia o quanto era difícil conseguir colocar alguém para fora de um coração. Olhou-a um pouco mais, demoradamente. Como que medindo um pouco mais aquilo que não poderia ter. Depois saiu.
segunda-feira, outubro 04, 2004
segunda-feira, setembro 27, 2004
quarta-feira, setembro 22, 2004
Primaveras
Setembro chegou prometendo primaveras...
Uma quimera qualquer por se tornar realidade.
O sol
forte
bronzeia meninas na praia.
As flores ainda tardam
em desabrochar...
Uma quimera qualquer por se tornar realidade.
O sol
forte
bronzeia meninas na praia.
As flores ainda tardam
em desabrochar...
quinta-feira, setembro 16, 2004
A Paz Que Eu Não Quero
A Minha Alma - O Rappa
"A minha alma tá armada
E apontada para a cara
Do sossego
Pois paz sem voz
Paz sem voz
Não é paz é medo
Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
Qual a paz que eu não quero conservar
Para tentar ser feliz
As grades do condomínio
São para trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que está nessa prisão
Me abrace e me dê um beijo
Faça um filho comigo
Mas não me deixe sentar
Na poltrona no dia de domingo
Procurando novas drogas
De aluguel nesse vídeo
Coagido é pela paz
Que eu não quero
Seguir adimitindo
É pela paz que eu não quero seguir admitindo"
"A minha alma tá armada
E apontada para a cara
Do sossego
Pois paz sem voz
Paz sem voz
Não é paz é medo
Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
Qual a paz que eu não quero conservar
Para tentar ser feliz
As grades do condomínio
São para trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que está nessa prisão
Me abrace e me dê um beijo
Faça um filho comigo
Mas não me deixe sentar
Na poltrona no dia de domingo
Procurando novas drogas
De aluguel nesse vídeo
Coagido é pela paz
Que eu não quero
Seguir adimitindo
É pela paz que eu não quero seguir admitindo"
quarta-feira, setembro 15, 2004
Parabéns!
Pe, espero que seu dia seja bom.
Que seja um daqueles dias em que o mundo parece ter mais cor. Como um dia em que acordamos do torpor que a rotina às vezes nos faz sentir, e sentimos mais e somos mais felizes. Espero que você reflita se quiser refletir. E que chegue as conclusões que tanto desejou. Não que estas conclusões resolvam tudo. Já somos mocinhas e sabemos que a vida não é bem esse conto de fadas, não é mesmo? Mas, que mesmo assim, seu dia seja, acima de tudo, válido, produtivo, feliz.
Que seja um daqueles dias em que o mundo parece ter mais cor. Como um dia em que acordamos do torpor que a rotina às vezes nos faz sentir, e sentimos mais e somos mais felizes. Espero que você reflita se quiser refletir. E que chegue as conclusões que tanto desejou. Não que estas conclusões resolvam tudo. Já somos mocinhas e sabemos que a vida não é bem esse conto de fadas, não é mesmo? Mas, que mesmo assim, seu dia seja, acima de tudo, válido, produtivo, feliz.
terça-feira, setembro 14, 2004
Pequeno Poeminha Acidental
Chovia.
Tudo escorria.
Na lágrima o papel se desfazia.
No céu
nenhuma estrela guia:
o caminho fugia.
Tudo escorria.
Na lágrima o papel se desfazia.
No céu
nenhuma estrela guia:
o caminho fugia.
sexta-feira, setembro 10, 2004
Semente de Sonho
Quanto custa requentar um sonho? Desses que a gente esquece num cantinho da memória por muitos anos já considerando-o impossível, já amarelecido esquecido.
Quanto tempo se leva para amadurecer a idéia guardada por tanto tempo ainda semente? Será que ainda se tem idade para curtir o sonho?
Sonhos também desbotam ou estarão sempre vivos?
Quanto custa requentar um sonho que de tão bom parece impossível? Quando relembrar o tempo perdido parece uma dor além do suportável...
Quanto tempo se leva para amadurecer a idéia guardada por tanto tempo ainda semente? Será que ainda se tem idade para curtir o sonho?
Sonhos também desbotam ou estarão sempre vivos?
Quanto custa requentar um sonho que de tão bom parece impossível? Quando relembrar o tempo perdido parece uma dor além do suportável...
quarta-feira, setembro 08, 2004
A Ponte
Existem caminhos de aproximar quem se quer bem mas deixou de cuidar da ponte que une os corações?
terça-feira, setembro 07, 2004
O Que Me Falta
Me falta uma leveza qualquer
das meninas comuns.
Algo na maneira de caminhar
ou falar
ou apenas ser.
Me falta uma experiência
uma desenvoltura
que só o tempo pode trazer.
Esse mesmo tempo que leva de mim
alguma inocência
que também me falta.
Me falta uma correspondência de olhares
e sentimentos
com as pessoas que encontro.
Me faltam
no dia a dia
algumas cores e sabores
menos cotidianos.
Me falta paciência
tempo
perseverança
paz
inquietude.
Me falta uma coisa qualquer
que eu sequer sei o nome...
das meninas comuns.
Algo na maneira de caminhar
ou falar
ou apenas ser.
Me falta uma experiência
uma desenvoltura
que só o tempo pode trazer.
Esse mesmo tempo que leva de mim
alguma inocência
que também me falta.
Me falta uma correspondência de olhares
e sentimentos
com as pessoas que encontro.
Me faltam
no dia a dia
algumas cores e sabores
menos cotidianos.
Me falta paciência
tempo
perseverança
paz
inquietude.
Me falta uma coisa qualquer
que eu sequer sei o nome...
quarta-feira, setembro 01, 2004
terça-feira, agosto 24, 2004
Agosto
É agosto de novo.
E sinto uma pequena esperança em mim.
A esperança de que Deus
estenda sua mão e toque nossos corações.
De forma que tudo de ruim
seja
não esquecido
mas
verdadeiramente apagado.
Para que possamos de novo
você e eu
conversarmos todas as tardes
e sermos outra vez
amigos.
Que você possa,
como deveria ser,
estar ao meu lado e me apoiar.
Que você possa
sobretudo
me compreender.
Que num encontro feliz
você me conte
como tem sido a sua vida
e eu te fale sobre a minha.
Minhas descobertas
projetos
conquistas...
Que eu te conte meus planos.
Enfim
que possamos ter um ao outro
como foi um dia:
presentes.
Mas
tudo isto é apenas um delírio.
E agosto está quase no fim.
E sinto uma pequena esperança em mim.
A esperança de que Deus
estenda sua mão e toque nossos corações.
De forma que tudo de ruim
seja
não esquecido
mas
verdadeiramente apagado.
Para que possamos de novo
você e eu
conversarmos todas as tardes
e sermos outra vez
amigos.
Que você possa,
como deveria ser,
estar ao meu lado e me apoiar.
Que você possa
sobretudo
me compreender.
Que num encontro feliz
você me conte
como tem sido a sua vida
e eu te fale sobre a minha.
Minhas descobertas
projetos
conquistas...
Que eu te conte meus planos.
Enfim
que possamos ter um ao outro
como foi um dia:
presentes.
Mas
tudo isto é apenas um delírio.
E agosto está quase no fim.
segunda-feira, agosto 23, 2004
Meu Amigo Paulo
"Nenhum de nós é perfeito. O dia em que os homens forem perfeitos, não mais poderão ser chamados de homens. A vida, esta vontade vigorosa que nos carrega o tempo todo para algum lugar que nunca chega, perderia o seu porquê. Em um mundo destes eu não quero viver. Quero ser imperfeito ao lado de que tem falta inerente. Quero ter buracos em meu peito, para que possam ser preenchidos ao se encaixarem em outros buracos de um outro peito, de um outro eu que também quer. Quero crescer junto, porque não vale a pena estar chegando ao lugar que nunca chega sozinho. Quero ser fraco para ser segurado pela mão que eu também seguro, na hora em que sou forte. Nossa, minha amiga, como é bom estar em um crescer. E como é melhor ainda estar em um crescer acrescentado de outro. Todos nós, bem lá dentro do que realmente somos, temos problemas e soluções, habilidades e dificuldades, virtudes e vícios, acertos e erros, glórias e derrotas. E, tudo aquilo que está lá dentro do coração do outro, está aqui, bem aqui, aqui dentro de nós. Ele, aquele, é de carne, osso, sangue, medos, desejos e dores como você. Ele sente frio e calor, se não da mesma forma como você, ainda assim será frio e calor. Ter problemas é fácil. Sanar problemas também, basta tê-los, pois de uma forma ou de outra a solução vem. Admirável mesmo é continuar correndo devagar por termos apenas dois pés e, ainda por cima, de mãos dadas."
Paulo Lobo
Paulo Lobo
segunda-feira, agosto 16, 2004
Moinho de Versos
"Moinho de versos
movido a vento
em noites de boemia.
Vai vir o dia
quando tudo que eu diga
seja poesia."
Paulo Leminski
movido a vento
em noites de boemia.
Vai vir o dia
quando tudo que eu diga
seja poesia."
Paulo Leminski
sábado, agosto 14, 2004
A Caminho do Trabalho
"E quando eu penso em ir embora
Você não quer me dar razão
Me diz que eu tô jogando fora
O Amor que tem no coração
Eu fico disfarçando e finjo que não sei
Que em pouco tempo rola tudo outra vez"
Você não quer me dar razão
Me diz que eu tô jogando fora
O Amor que tem no coração
Eu fico disfarçando e finjo que não sei
Que em pouco tempo rola tudo outra vez"
quinta-feira, agosto 12, 2004
Por Fora
Estive fora um tempo.
Estive por dentro do que eu quis.
Estive fora um tempo
fora do país.
Estive por fora dos noticiários de tv
por fora da vida dessa gente que anda pelas ruas.
Estive do avesso por um tempo.
Olhando de perto
por dentro
antigas cicatrizes
rugas novas
novas alegrias.
Reavaliando certezas
e alimentando novas dúvidas.
Estive fora uns dias.
Estive
por dentro de mim.
Estive por dentro do que eu quis.
Estive fora um tempo
fora do país.
Estive por fora dos noticiários de tv
por fora da vida dessa gente que anda pelas ruas.
Estive do avesso por um tempo.
Olhando de perto
por dentro
antigas cicatrizes
rugas novas
novas alegrias.
Reavaliando certezas
e alimentando novas dúvidas.
Estive fora uns dias.
Estive
por dentro de mim.
quarta-feira, agosto 11, 2004
quinta-feira, agosto 05, 2004
Presentes que eu pretendo me dar
- Algum CD da Dulce Pontes
- CD do Jongo da Serrinha
- CD do Fagner com o Zeca Baleiro
:)
- CD do Jongo da Serrinha
- CD do Fagner com o Zeca Baleiro
:)
quarta-feira, agosto 04, 2004
Reconhecidos
Existem pessoas que parece que a gente reencontra pela vida. Pessoas que conhecemos há pouco tempo mas com as quais não temos reservas de sentimentos...
Eu tenho para mim que isso é um tipo de maturidade. Chega uma hora em que já não temos mais tempo para conviver com as pessoas e avaliá-las tão bem. É necessário saber reconhecer rapidamente nos novos conhecidos os amigos queridos.
Bia é uma pessoa assim. Hoje eu tive a felicidade de encontrá-la, logo hoje, logo por esses dias em que eu estou aqui por dentro num turbilhão de sentimentos confusos - felicidade, preocupações, riscos... E apenas isso, apenas as poucas palavras que trocamos e o seu sorriso foram suficientes para me deixar um pouquinho mais feliz.
Eu tenho para mim que isso é um tipo de maturidade. Chega uma hora em que já não temos mais tempo para conviver com as pessoas e avaliá-las tão bem. É necessário saber reconhecer rapidamente nos novos conhecidos os amigos queridos.
Bia é uma pessoa assim. Hoje eu tive a felicidade de encontrá-la, logo hoje, logo por esses dias em que eu estou aqui por dentro num turbilhão de sentimentos confusos - felicidade, preocupações, riscos... E apenas isso, apenas as poucas palavras que trocamos e o seu sorriso foram suficientes para me deixar um pouquinho mais feliz.
Ser irmã mais nova é...
"Tirar fotos de momentos bobos;
Orgulhar-se de tatuagens que nem são suas;
Ter com quem conversar a todo momento sobre tudo;
Lavar a louça;
Fazer comida quando uma das mais velhas está doente;
Pedir para faltar aula;
Amadurecer mais cedo.
Ser irmã mais nova é...
Ter uma de 24 e uma de 27;
Ter uma "irmãe";
Ser paparicada;
Levar de quebra dois cunhados;
Ter duas amigas para o resto da vida;
Ter alguém que chora quando você vai apenas passar o fim de semana fora;
Ter duas poetisas;
Ter uma desenhista;
Ter uma professora particular.
Ser irmã mais nova é...
Morar com uma "irmãe", um cunhado-pai, uma cachorra;
Poder saber tudo sobre segunda guerra;
Mas, acima de tudo, ter quem ature mau-humor, longas histórias bobas, risadas sem motivo...
... é ser feliz com pessoas ao seu lado!"
Carol Prata
Orgulhar-se de tatuagens que nem são suas;
Ter com quem conversar a todo momento sobre tudo;
Lavar a louça;
Fazer comida quando uma das mais velhas está doente;
Pedir para faltar aula;
Amadurecer mais cedo.
Ser irmã mais nova é...
Ter uma de 24 e uma de 27;
Ter uma "irmãe";
Ser paparicada;
Levar de quebra dois cunhados;
Ter duas amigas para o resto da vida;
Ter alguém que chora quando você vai apenas passar o fim de semana fora;
Ter duas poetisas;
Ter uma desenhista;
Ter uma professora particular.
Ser irmã mais nova é...
Morar com uma "irmãe", um cunhado-pai, uma cachorra;
Poder saber tudo sobre segunda guerra;
Mas, acima de tudo, ter quem ature mau-humor, longas histórias bobas, risadas sem motivo...
... é ser feliz com pessoas ao seu lado!"
Carol Prata
terça-feira, agosto 03, 2004
sexta-feira, julho 30, 2004
O que toca por aqui
O Ladrão - Madredeus
Basta-me um segundo
Saio porta fora
Quando o tribunal
Acordar a senhora
(e) vou ser eu quem conta
tudo ao sr. polícia
a acordar a esquadra
a trazer a milícia
A porta fechou-se
e ninguém lhe bateu
o senhor ladrão
nem sequer apareceu
Abriu-se a janela
veio o jardineiro
agarrou-se a ela
não sei que lhe deu
-Ah mas onde é que estão
as aldeias todas?
não veio o ladrão
já não há pessoas?
A porta fechou-se
e ninguém lhe bateu
o senhor ladrão
nem sequer apareceu
Oh Sr. Sinistro
tenha lá cuidado
que o melhor do mundo
é não ser enganado...
-Ah mas onde é que estão
as aldeias todas?
não veio o ladrão
já não há pessoas?
Basta-me um segundo
Saio porta fora
Quando o tribunal
Acordar a senhora
(e) vou ser eu quem conta
tudo ao sr. polícia
a acordar a esquadra
a trazer a milícia
A porta fechou-se
e ninguém lhe bateu
o senhor ladrão
nem sequer apareceu
Abriu-se a janela
veio o jardineiro
agarrou-se a ela
não sei que lhe deu
-Ah mas onde é que estão
as aldeias todas?
não veio o ladrão
já não há pessoas?
A porta fechou-se
e ninguém lhe bateu
o senhor ladrão
nem sequer apareceu
Oh Sr. Sinistro
tenha lá cuidado
que o melhor do mundo
é não ser enganado...
-Ah mas onde é que estão
as aldeias todas?
não veio o ladrão
já não há pessoas?
A Palavra
Algumas possibilidades coexistem.
Algumas como meros possibilismos.
Alguém me diz que esta palavra não existe.
O que é o não existir
de uma palavra?
Esta que eu disse
aquela que você inventou...
Fecho os olhos
e tudo é como eu imagino:
todas elas existem
recém inventadas
novíssimas.
E eu sou sua senhora
e sua serviçal...
Algumas como meros possibilismos.
Alguém me diz que esta palavra não existe.
O que é o não existir
de uma palavra?
Esta que eu disse
aquela que você inventou...
Fecho os olhos
e tudo é como eu imagino:
todas elas existem
recém inventadas
novíssimas.
E eu sou sua senhora
e sua serviçal...
O Olhar do Menino
Eu conheço um menino que tem um brilho no olhar indescritível. Esse menino é professor, pesquisador genial no que faz. E um amigo muito caro para mim. Um superamigo daqueles que fazem parte da liga da justiça...
Para você meu amigo, Doug, um abraço carinhoso e o desejo e a certeza de que nesse mundo que você faz parte o bem ainda vence o mal e as estórias ainda têm finais felizes.
Para você meu amigo, Doug, um abraço carinhoso e o desejo e a certeza de que nesse mundo que você faz parte o bem ainda vence o mal e as estórias ainda têm finais felizes.
quarta-feira, julho 28, 2004
Carta sobre a Felicidade
Ela baterá em sua porta. Mas não muitas vezes. Você deve abrir e ser gentil. E, sobretudo, nunca se acostumar com ela. Deve tê-la como um raro diamante, alguma amostra preciosa, sem perdê-la de vista. Ela estará presente mas não visível. Você deve dividi-la sem medo de perdê-la. E tê-la sabendo que não é sua.
terça-feira, julho 27, 2004
Carolina
Não tenha pressa, Carolina.
Não tenha essa de ser gente grande,
de crescer e ser independente.
É tão chato ser grande,
não ter mais colinho e carinhos.
Espera, Carol
que o tempo é sábio e companheiro.
Que hoje o que você desconhece
amanhã será seu grande segredo.
Aproveita cada dia dessa tua idade
sem responsabilidades
e grandes cobranças.
Aproveita para seres
o que tu quiseres.
O que tu puderes.
O que tu sonhares.
Não tenha essa de ser gente grande,
de crescer e ser independente.
É tão chato ser grande,
não ter mais colinho e carinhos.
Espera, Carol
que o tempo é sábio e companheiro.
Que hoje o que você desconhece
amanhã será seu grande segredo.
Aproveita cada dia dessa tua idade
sem responsabilidades
e grandes cobranças.
Aproveita para seres
o que tu quiseres.
O que tu puderes.
O que tu sonhares.
segunda-feira, julho 26, 2004
sexta-feira, julho 23, 2004
A Cor da Voz *
Tinha a voz azul e não sabia. Achava que sua voz era amarela ou cinza. Cantava com sua voz azul e tudo ficava cinza. Um dia, um mago das cores fez o feitiço - contou-lhe o segredo.
Cantou. E foi tudo azul. Um azul intenso e feliz.
* Agradecimentos especiais a Pê por me inspirar para certos nomes.
Cantou. E foi tudo azul. Um azul intenso e feliz.
* Agradecimentos especiais a Pê por me inspirar para certos nomes.
terça-feira, julho 20, 2004
Amigo
A você meu maior amigo, meu irmão, a você minha amiga sempre por perto, a você minha amiga distante presente. A você meu sábio amigo que transborda conselhos, ao meu amigo filósofo, ao meu primeiro amigo que eu não sei por onde anda, a tantos amigos que se fizeram irmãos. A minhas irmãs, amigas demais. A todos os amigos de todos os amigos, hoje, um feliz dia do amigo.
Sinais
Chovia lá fora. Ela, dentro de um táxi, dava voltas pela cidade do Rio de Janeiro. Tudo era frio. Uma cidade molhada e por dentro um coração vazio...
quinta-feira, julho 15, 2004
segunda-feira, julho 12, 2004
Coletivo Absoluto
Tenho muitos dentro de mim. Tenho que ser apenas um, mas sou
muitos. Trago em mim toda a variedade impossível dos coletivos.
Tenho personagens. Tenho diversos interesses - contrários? Por
quê? Por que devemos ser sempre os mesmos todos os dias? O mesmo
estilo, as mesmas palavras. Não. São muitos dentro de mim. E não
se calam.
muitos. Trago em mim toda a variedade impossível dos coletivos.
Tenho personagens. Tenho diversos interesses - contrários? Por
quê? Por que devemos ser sempre os mesmos todos os dias? O mesmo
estilo, as mesmas palavras. Não. São muitos dentro de mim. E não
se calam.
Alguma Mudança ou Mais do Mesmo
Mudar para se tornar cada vez mais o mesmo. Sacudir a grande árvore das amizades e deixar cair as podres. Reconhecer em novos rostos grandes velhos amigos. Seguir em frente sem olhar para trás - já com algum desapego. O olhar erguido - não o olhar de quem tem orgulho, mas o olhar de quem tem coragem. Alguma coisa palavra pulsando por dentro e a gente gostando. Sabendo que tudo que passou foi bom mas que poderia ser bem melhor. A vida convidando. E a gente aceitando o convite.
Encontros e Despedidas
"E assim
chegar e partir
são só dois lados
da mesma viagem"
Milton Nascimento e Fernando Brant
chegar e partir
são só dois lados
da mesma viagem"
Milton Nascimento e Fernando Brant
sexta-feira, julho 09, 2004
Para o Meu Menino com Uma Flor
Porque você é o único menino com uma flor que eu conheço eu te ofereço meu amor e toda a minha vida. E porque só você sabe sorrir com os olhos eu fico querendo você sempre perto de mim. E você tem um jeito de me olhar que parece que enxerga por dentro, e às vezes, você acorda me contando sonhos muito loucos, me dizendo que você voou ou atravessou paredes.
E como você é o único menino com uma flor que eu conheço, quando você chega seu rosto perto do meu eu me sinto feliz. Você encosta sua testa na minha e fica me olhando com esses seus olhos e eles me parecem enormes ou então a gente encosta o nariz e você fecha os olhos e eu fico te olhando.
E porque você é o único menino com uma flor eu te amo tão forte que às vezes o meu peito até dói, e acho que vou sufocar. E você tem um jeito de se emocionar com as coisas que eu escrevo e te mostro que me alegra o coração. E você tem o espírito tão livre que quando você vai embora eu tenho um medo bobo de você sair voando como no sonho e voar muito alto e não voltar nunca mais.
E quando eu escolho uma roupa que você não gosta e você me olha e eu sei logo que você não gostou mas eu vou assim mesmo e você não liga. Você é o único menino com uma flor no mundo inteiro e gosta de me surpreender quando eu estou distraída fazendo alguma coisa e você chega e me abraça assim por muito tempo.
E quando você chega perto de mim eu me alegro, eu sinto o seu cheiro, o melhor cheiro do mundo e só poderia ser assim com um menino com uma flor.
E como você é o único menino com uma flor que eu conheço, quando você chega seu rosto perto do meu eu me sinto feliz. Você encosta sua testa na minha e fica me olhando com esses seus olhos e eles me parecem enormes ou então a gente encosta o nariz e você fecha os olhos e eu fico te olhando.
E porque você é o único menino com uma flor eu te amo tão forte que às vezes o meu peito até dói, e acho que vou sufocar. E você tem um jeito de se emocionar com as coisas que eu escrevo e te mostro que me alegra o coração. E você tem o espírito tão livre que quando você vai embora eu tenho um medo bobo de você sair voando como no sonho e voar muito alto e não voltar nunca mais.
E quando eu escolho uma roupa que você não gosta e você me olha e eu sei logo que você não gostou mas eu vou assim mesmo e você não liga. Você é o único menino com uma flor no mundo inteiro e gosta de me surpreender quando eu estou distraída fazendo alguma coisa e você chega e me abraça assim por muito tempo.
E quando você chega perto de mim eu me alegro, eu sinto o seu cheiro, o melhor cheiro do mundo e só poderia ser assim com um menino com uma flor.
quarta-feira, julho 07, 2004
Sempre é tempo
É tempo de novos desafios. Tempo de mudar para não embolorar. Tempo de mudanças felizes. A aqueles que quiserem seguir comigo em meu coração: sejam bem-vindos. A todos os outros: um feliz adeus!
Assinar:
Postagens (Atom)